segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Liberte Sua Alma.


Não se prenda à beleza das formas efêmeras. A flor passa breve.

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Não amontoe preciosidades que pesem na balança do mundo. As correntes de ouro prendem tanto quanto as algemas de bronze.

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Não se escravize às opiniões da leviandade ou da ignorância. Incitatus, o cavalo de Calígula, podia comer num balde enfeitado de pérolas, mas não deixava, por isso, de ser um cavalo.

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Não alimente a avidez da posse. A casa dos numismatas vive repleta de moedas que serviram a milhões e cujos donos desapareceram.

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Não perca sua independência construtiva a troco de considerações humanas. A armadilha que pune o animal criminoso é igual à que surpreende o canário negligente.

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Não acredite no elogio que empresta a você qualidades imaginárias. Vespas cruéis por vezes se escondem no cálice do lírio.

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Não se aflija pela aquisição de vantagens imediatas na experiência terrestre. Os museus permanecem abarrotados de mantos de reis e de outros "cadáveres de vantagens mortas".

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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. 3 edição. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Caridade

Ciência e caridade - Picasso (1897)
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Caridade é , sobretudo, amizade.

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Para o faminto - é o prato de sopa.

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Para o triste - é a palavra consoladora.

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Para o mau - é a paciência com que nos compete auxiliá-lo

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Para o desesperado - é o auxílio do coração.

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Para o ignorante - é o ensino despretensioso.

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Para o ingrato - é o esquecimento.

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Para o enfermo - é a visita pessoal.

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Para o estudante - é o concurso no aprendizado.

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Para a crianca - é a proteção construtiva.

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Para o velho - é o braço irmão.

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Para o inimigo - é o silêncio.

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Para o amigo - é o estímulo.

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Para o transviado - é o entendimento.

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Para o orgulhoso - é a humildade.

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Para o colérico - é a calma.

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Para o preguiçoso - é o trabalho.

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Para o impulsivo - é a serenidade.

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Para o leviano - é a tolerância.

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Para o deserdado da Terra - é a expressão de carinho.

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Caridade é amor, em manifestação incessante e crescente. É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, por que, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Viajor. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Araras, SP: IDE. 1985.